
Ontem pela manhã, a Semdisc contou com o apoio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), que deu a sua contribuição à elaboração do plano, com a articulação de diretores e professores das 128 escolas municipais, priorizando o debate sobre à violência nas escolas. Também participaram da consulta representantes da Polícia Militar, da Guarda Municipal, do Conselho Municipal de Entorpecentes, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteal) e do Programa Nacional de Segurança com Cidadania
(Pronasci).

Após a escuta e sistematização de todos os relatos de problemas relacionados á violência nas escolas e no entorno das mesmas, o secretário municipal de Educação, Thomaz Beltrão, informou que, desde a última terça-feira os técnicos da Semed trabalham para colocar funcionários nas portarias das escolas, disponibilizar guardas civis à noite, nos finais de semana e feriados.
Segundo Beltrão, a Semed também buscou a mediação do Ministério Público, com o objetivo de que ocorra um entendimento entre o Batalhão Escolar e o Comando da PM, para garantia das rondas nos bairros com maior número de escolas e distribuição do número dos celulares do comando aos diretores.
O secretário e direitos Humanos Segurança Comunitária e Cidadania, Pedro Montenegro, reconheceu a necessidade da aplicação de medidas administrativas com a participação das comunidades afetadas. “Também é igualmente importante uma aproximação da Guarda Municipal e do Batalhão Escolar, para que possamos, juntos, agir, preventivamente, no combate à violência nas escolas”, ressaltou Montenegro.
Em seu pronunciamento a comandante do Batalhão Escolar, major PM Fátima Escalianto, lembrou que existem três pontos principais que precisam ser trabalhados nas escolas: a repressão legitima, as ações sociais e a educação. Fátima enfatizou que a questão da segurança começa no projeto de engenharia, desde a altura do muro, o tipo de portão, a iluminação até o ato de capinar um terreno adjacente. “Tudo isso deve ocorrer aliado a orientações básicas de segurança como prática diária”, ressaltou.
O articulador do Pronasci em Alagoas, advogado Narciso Fernandes, revelou uma experiência bem sucedida no combate a violência. A comunidade escolhida foi a do Selma Bandeira, no Complexo Benedito Bentes. Segundo ele, desde a chegada da Polícia Comunitária, o número de homicídios e assaltos reduziram a limites toleráveis. O método adotado é a presença diária, mas qualificada da PM no dia-a-dia da comunidade.