quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Seminário aborda alternativas de combate ao crack


A prefeitura de Maceió, através da secretaria Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania, Semdisc, abriu na manhã de hoje o Seminário “Crack: Desafio para os Direitos Humanos” com a participação do Dr. Jairo Werner - Doutor em saúde Mental pela Universidade Estadual de Campinas, Prof Associado da Universidade Federal Fluminense e Professor adjunto da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.


Apresentando a palestra “Crack: Destruição Progressiva da Sociedade. A academia pode ajudar?”, Jairo Werner fez um balanço sobre as alternativas existentes no tratamento oferecido para recuperar os dependentes químicos.

Trabalhando há 15 anos no tratamento de dependentes químicos, ele fala que o processo de recuperação deve envolver várias ações integradas. “A questão da dependência química não está apenas relacionada à questão de saúde. Ela é um sintoma social. Devemos refletir que tipo de sociedade estamos criando?”.

Ele destaca o modelo da mediação social como uma intervenção terapêutica que pode ser adotada pelo Estado, fazendo uma crítica ao discurso centrado na droga, citando como exemplo o tratamento de jovens dependentes químicos, realizado em São Gonçalo, município do Rio de Janeiro.

Sobre as principais dificuldades encontradas para enfrentar o problema ele destaca a falta de formação permanente de recursos humanos, a criação de equipes e manutenção do paciente em tratamento, “É muito comum o paciente abandona o tratamento”. Afirma.

Amanhã, 10 de dezembro, a partir das 09 horas representantes do Ministério da Saúde apresentam O Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas.Encerrando o ciclo de palestras, às 19h30 a coordenação do Curso de Serviço Social da FITS “As Drogas: Expressão da Alienação no Capitalismo Contemporâneo”.
O seminário faz parte da programação da I Jornada Municipal de Direitos Humanos que celebra os 62 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que começou no dia 29 de novembro e contou com uma programação abrangente que contemplou diversos campos dos direitos humanos, como cultura, segurança pública, dependência química, mulheres, pessoas com deficiência entre outros.